Depois de terminar de escrever este mero e nada texto, Freud se contorcerá em seu túmulo. Concordo em muita coisa que o psicanalista deixou escrito. Mas, há coisas que tenho que discordar. Tenho que divergir com o grandioso quando ele diz que os seres humanos querem sempre se aproximar da morte. Acredito que os seres humanos não querem morrer, eles querem prazer. Prazer e morte são coisas totalmente diferentes. A morte é fatal, pois ela sempre aniquila, fulmina o homem. O prazer pode trazer tais conseqüências, mas primeiro se chama gozo, fruição, e algum dia pode vim se chamar tristeza, depressão, pesadelo. Ninguém quer ser triste. Tanto é assim que os seres humanos inventaram milhares de coisas para esquecer a dor, para esquecer a morte.
Procurar um modo de passar pela vida, e não o inverso é práxis para o ser humano. Todo indivíduo recusa querer que a vida passe por ele. Pois, deixar que isto aconteça é legitimar o fracasso. O fracasso é não conhecer a vida, é não aceitar errar, é ser sempre o certo, é não aceitar que o prazer é o prazer. Todos os indivíduos querem isto, uns não fazem por medo. Mas sentem que estão perdendo algo e sublimam de alguma forma, mesmo que não seja um prazer tão mundano, e desta forma também tentam esquecer que a morte existe.
Todas (ou quase todas) as pessoas têm medo de morrer; querem ser imortais, algumas realmente são. Mas, com certeza são aquelas que fazem o que realmente querem, sem nenhuma obrigação, é que sabe o gosto da vida.
Sei que Freud fala muito sobre prazer, disto eu não discordo. As minhas linhas divergem do pensamento freudiano no que diz respeito à morte. Nenhum ser humano quer morrer. Se faz algo que leve ao fatalismo é por que o prazer supera qualquer medo; até o da morte, pois esta chegará de qualquer jeito para todos. O máximo que eu posso dizer e defender é que o ser humano pode até aceitar a morte, contanto que ela seja prazerosa: primeiro o prazer.
5 comentários:
É Taci, eu tinha uma intuição que seu blog de comportamento ia acabar em "busca pelo prazer".
rsrsr
E que Deus abençoe o prazer!
Será que viraremos todos hedonistas? Ou será q em parte já somos?
Bjsss
Freud usava LSD. Quando ele escrevia, muitas vezes tava doidão de ácido. Mas tem gente que leva até hoje essas coisas a sério.
Como diz Ace Frehley, ex-guitarrista do Kiss: "Muitos fãs dizem que se identificam com as letras que eu escrevi. Eu mesmo não as entendo e muito menos lembro de tê-las escrito".
Tudo bem ser sadomasoquista?
Não que eu seja.
Bjo, Taci.
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